Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
 

LEV KROPIVNÍTZKI
 (  Rússia )

 

(n. 1907? )

Autor de versos que até hoje circulam na URSS em cópias datilografadas. Não foi possível obter sobre ele nenhuma informação, além do ano aproximado de nascimento.
Depois de ler um número apreciável de escritos poéticos russos inéditos e que circulam clandestinamente, resolvemos incluir nesta antologia, além dos poemas de Aigui, a sextina que se segue, considerada por muito um verdadeiro clássico do Samizdát.

(Augusto de Campos e Boris Schnaiderman) 

 

POESIA RUSSA MODERNA. Nova antologia.  3ª. edição.  Traduções de Augusto e Haroldo de Campos. Prefácio, resumos biográficos e notas; Boris Schnaiderman.  São Paulo, Editora Brasiliense S.A, 1985.   292 p.         Ex. bibl. Antonio Miranda

 

     SEXTINA

Cala, e não haverá desgraça.
Oculta-te e fica de lado:
Não te agites para cá, pra lá.
Não te enerves, bico calado.
É isso aí: cai no trabalho
E, pouco a pouco, dança, dança.

Quem nasceu não tem jeito, dança:
Para que buscar mais desgraça?
A vida é assim mesmo: trabalho
Trabalhar e passar de lado.
Aguentar, mas sempre calado,
Olhar pra cá, olhar pra lá.

Mesmo que olhes pra cá, pra lá,
De que adianta? — disseram, dança,
Tudo é inútil.  Passa, calado,
Para não cair em desgraça.
Se há desgraça, fica de lado,
Mas lembra bem: tudo é trabalho.

Trabalho é sempre trabalho:
Zanza pra cá, zanza pra lá,
Ou trabalha ou fica de lado.
Comer não é bom? Então, dança.
Pra viver com menos desgraça
E mais paz, agüenta calado.

Que outros chiem, ouve calado
E conhece bem teu trabalho:
Talha pra cá, malha pra lá;
Quem pode viver sem desgraça?
É esse o jeito: trabalhe e dança...
E pouco a pouco sai de lado.

Tudo passa — fica de lado,
Aceita o teu quinhão, calado.
Pra que dançar? Esquece a dança
E trabalha no teu trabalho,
Talha a mortalha e vai pra lá,
Pra lá, onde não há desgraça.

1948   (Tradução de Augusto de Campos e Boris Schnaiderman)

 

*

VEJA e LEIA  outros poetas do MUNDO em Português em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html

 

Página publicada em maio de 2023


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar